quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

por que vim


Há pouco tempo, escrevi um negociozinho que não dei muita importância e de repente foi ganhando sentido, as palavras cresceram, como pessoinhas agitadas que ganham vida em seu tempo. Tempo delas.

Ontem, viraram adultas. E coisa de banheiro meu. Lá vai:


Por que vim

Venho aqui pedir uma pesquisa
Investigação científica profunda,
por profundezas deste mundo quero começar a caminhar
percorrer por estes cantos por que comunico o mundo
por que vivencio o ócio,
porque perdido fico em voltas
porque busco uma essência construída, refeita,

x [em nascimento
nova essência que sequer é porque histórica.

Venho aqui, a ti, pedir uma palavra
que me mostre o novo por que busco
que me faça achar-me em mim
porque busco uma causa percorrida
perfeita, feita por quem antes nomeou
verbalizada vida por que invento um meu ser.

Venho aqui, vou, por banta região descubro o divino
porque a ele reza profunda faço por que desfaleço
Morro alto, leve, entre nuvens,
plantas nos revela
nos resvala um caminho de folhas recaídas por que passo
um Catendê gritante nova lua me atrai
porque procuro uma saída por que possa a mim voltar
e a meu mundo me voltar e descobrir um novo que só é

x [novo em língua nova.
Mundo novo científico de ninguém para a tudo renomear

x [e definir.

Sim! Por maré nova barco meu descobre rumo
Venho a mim corpo velho descobrir
Pra frio intenso, azul e branco tilintar.
E parar porque formulei uma hipótese previamente refutada
por que vim.

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